1 – A insulina é produzida pelo pâncreas e liberada na circulação sempre que os níveis de glicose sobem – o que ocorre após as refeições – mantendo em equilíbrio as taxas de açúcar no sangue. O diabetes surge quando o pâncreas não consegue mais produzir insulina em quantidades suficientes (diabetes tipo1) ou quando existe falha na ação e/ou secreção da insulina (diabetes tipo 2).
2 – A incidência do diabetes está aumentando em todo o mundo. Isso pode ser explicado em parte pelo aumento da incidência de obesidade e sobrepeso na população, principal fator de risco para o seu desenvolvimento. Quando existem familiares com diabetes o risco é ainda maior. Atualmente, cerca de 16,8 milhões de brasileiros convivem com a doença.
3 – O diabetes tipo 2 é o mais comum, sendo responsável por 9 em cada 10 casos. Era conhecido como o diabetes do idoso, porém, os jovens têm sido afetados numa proporção cada vez maior.
4 – Pessoas com risco elevado (histórico familiar, obesidade, idade acima de 45 anos, etc) devem ficar mais atentas, pois é possível prevenir o desenvolvimento da doença. Mas se o diabetes já estiver instalado, a detecção precoce e o tratamento adequado podem previnir suas complicações.
5 – Não devemos esperar pelos sintomas característicos da doença, como perda de peso inexplicada, aumento do apetite, aumento da sede e da vontade de urinar, pois, quando os sintomas aparecem, a doença já está descompensada. Nesse caso, pode-se afirmar que houve um atraso de cerca de 10 anos no seu diagnóstico.
6 – Taxas cronicamente elevadas de glicose no sangue aumentam as chances de complicações como alterações visuais, prejuízo da função renal e problemas vasculares e neurológicos. Amputação de membros, alterações cognitivas e aumento do risco de fraturas ósseas podem ser consequências da doença.
7 – A esteatose hepática (popularmente conhecida como gordura no fígado) é mais comum em pessoas com diabetes. Pode levar a sintomas como desconforto abdominal e cansaço, mas, em geral, é descoberta de forma incidental durante a realização de exames de sangue ou de uma ecografia. Pacientes com diabetes e aqueles com excesso de peso têm um maior risco de apresentar doença progressiva (cirrose), algumas vezes com necessidade de transplante hepático.
8 – É importante aproveitar a oportunidade de prevenir essas complicações mantendo os exames de check-up em dia. Muitas pessoas ainda têm a idéia de que o diagnóstico de diabetes trará grandes restrições ao seu dia a dia, o que não é verdade. As recomendações quanto à alimentação e exercícios físicos são as mesmas da população geral, ou seja, preconiza-se a manutenção de um peso saudável através de alimentação equilibrada, além da prática regular de exercícios físicos. O segredo está em planejar e organizar as refeições, com melhores escolhas alimentares e atenção às quantidades consumidas.
9 – Uma série de medicamentos têm sido desenvolvidos, possibilitando o controle adequado dos níveis glicêmicos além da prevenção das complicações. O tratamento deve ser personalizado levando-se em conta a idade e o peso do paciente, além do risco de hipoglicemia e da presença de complicações ou outros problemas de saúde.
10 – Em conjunto, essas medidas têm diminuído a mortalidade e melhorado a qualidade de vida das pessoas com diabetes.
Então fique atento: procure fazer acompanhamento médico e realizar seus exames regularmente, pois isso pode mudar o seu destino!