Você sabe o que significa o termo MODULAÇÃO HORMONAL?
Fique por dentro! Não se deixe enganar!
Veja o posicionamento da sociedade brasileira de endocrinologia e Metabologia sobre o assunto:
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), por meio do seu Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia (DEFA), vem tornar públicos os seguintes esclarecimentos:
– Não existe Especialista em Reposição Hormonal e não é reconhecida, pelo Conselho Federal de Medicina, especialidade intitulada “Modulação Hormonal”.
– A reposição hormonal é um ato médico e somente pode ser feita por profissionais médicos. A especialidade que trata de alterações hormonais é a Endocrinologia e Metabologia.
– A reposição de qualquer hormônio deve ser feita baseada na deficiência do mesmo, com acompanhamento médico especializado, observando-se riscos e benefícios do uso;
– Não há respaldo na literatura médica para uso de preparações hormonais com intuito de retardar o envelhecimento;
– O uso indiscriminado de hormônios sem deficiência comprovada está relacionado a diversos efeitos colaterais, os quais podem ser sérios e por vezes irreversíveis, colocando em risco a vida do paciente em curto prazo e complicações de longo prazo;
– Não há indicação da dosagem indiscriminada de testosterona na população masculina. O diagnóstico da deficiência de testosterona no homem deve ser baseado na junção de queixas clínicas associadas a níveis baixos de testosterona dosada pela manhã, em duas ocasiões. Tal diagnóstico não deve ser feito na vigência de doenças sistêmicas agudas ou graves. Portanto, para a reposição é necessária a presença de sintomas clínicos e deficiência laboratorial.
– Não há indicação da dosagem de testosterona na mulher, visto que não existem pontos de corte definidos para níveis baixos de testosterona no sexo feminino. A dosagem de testosterona na mulher só se presta para o diagnóstico de excesso de testosterona (hiperandrogenismo). Não há também preparações de testosterona para mulher disponíveis no mercado brasileiro e não é recomendado o uso de formulações masculinas para mulheres.
– O uso da reposição de testosterona para níveis supra-fisiológicos, isto é, acima das necessidades básicas do organismo humano, com objetivo de melhora de rendimento esportivo/aumento de massa muscular, é considerado doping em atletas profissionais e ilegal em amadores, estando dessa forma contraindicada a prescrição.
Com isso a SBEM vem informar a população sobre os riscos dessa prática, infelizmente comum nos dias de hoje.