No post anterior vimos que o IG de um alimento depende não só da natureza do carboidrato ingerido, mas também do modo de preparo e da composição geral da refeição, sem falar em fatores individuais, como peso corporal e sensibilidade à insulina, por exemplo. E ele ainda pode variar no mesmo indivíduo ao longo do dia. Complicado, né?

Mas afinal, vale a pena focar numa dieta de baixo IG? 

É importante lembrar que um IG mais baixo nem sempre quer dizer que o alimento é mais saudável, afinal, aqueles ricos em gordura podem ter menor IG, e ainda assim contribuir com aumento do risco de problemas cardiovasculares. Além disso, podem conter mais calorias facilitando o acúmulo de gordura corporal.

Por outro lado, a escolha de carboidratos de melhor qualidade, especialmente no que se refere ao conteúdo de fibras e outros nutrientes, pode interferir de forma positiva em diversas questões de saúde, incluindo desfechos cardiometabólicos.

O acréscimo de acidez (vinagre ou limão), fibras, gorduras e proteínas pode contribuir para redução do IG de uma refeição.

Converse sempre com seu endocrinologista para saber qual a melhor opção para você.

 

Autora: Daniele C. Tokars Zaninelli, endocrinologista em Curitiba.

 

Fonte: Posicionamento Abeso 2022