Cada vez mais se reconhece a importância de um tratamento individualizado, respeitando as necessidades de cada paciente, para o bom controle de problemas crônicos de saúde. Com o diabetes não é diferente.
Pessoas que convivem com o diabetes se beneficiam do automonitoramento dos níveis de glicose, e a frequência com que os testes devem ser feitos pode variar de acordo com os seguintes fatores:
1. Tipo de diabetes (tipo 1 ou 2)
2. Tratamento(s) em uso (medicamentos orais, insulina e/ou mudanças no estilo de vida)
3. Nível de hemoglobina glicada
4. Risco de hipoglicemia
5. Objetivos do tratamento
Diabetes tipo 2 (DM2)— Para pessoas com diabetes tipo 2, as recomendações de frequência para testar a glicose no sangue são baseadas em fatores individuais, como os citados acima.
O monitoramento da glicose no DM2 é particularmente útil para pessoas que tomam insulina ou certos medicamentos que podem causar hipoglicemia. Geralmente é desnecessário em pessoas que controlam seu diabetes apenas com dieta ou que tomam medicamentos que não causam hipoglicemia, especialmente se atingiram suas metas de glicose e hemoglobina glicada. Seu endocrinologista poderá ajudá-lo a definir qual a melhor estratégia para verificar a glicemia no seu caso em especial.
Diabetes tipo 1 (DM1) — Para pessoas com DM1, a medida frequente da glicemia é uma ferramenta importante para o controle seguro e eficaz da doença. Nesses casos o monitoramento contínuo de glicose (CGM) é particularmente interessante quando disponível e acessível.
A maioria das pessoas que não usa CGM precisa testar a glicemia pelo menos quatro vezes por dia. Quem usa bomba de insulina, administra três ou mais injeções de insulina por dia, ou gestantes, podem precisar de até 10 testes por dia. O contato próximo com o endocrinologista é fundamental para que não haja atraso nos ajustes do tratamento.
Autora: Daniele C. Tokars Zaninelli, endocrinologista em Curitiba.
Fonte: adaptado de uptodate