Como discutido no post anterior, a principal diferença entre as várias formas de vegetarianismo é a exclusão de categorias alimentares específicas da dieta. O veganismo, no qual os alimentos de origem animal e todos os seus subprodutos são excluídos da dieta, é a forma de vegetarianismo com mais restrições. Por isso exige mais cuidados devido ao maior risco de desenvolver deficiências nutricionais e suas consequentes manifestações clínicas.
Você sabia que a ingestão de ferro em dietas veganas é maior do que em não-veganos? Entretanto, isso nem sempre se reflete nos níveis de ferritina (exame que mostra como estão os estoques de ferro no organismo). Isso acontece porque o ferro “heme”, encontrado especialmente na carne, é absorvido e aproveitado pelo organismo em maior proporção do que o ferro “não heme”, encontrado nos vegetais.
Uma das principais consequências da deficiência de ferro é a anemia. É importante lembrar que perdas sanguíneas, parasitoses intestinais gestação, amamentação e patologias intestinais, por exemplo, também podem estar envolvidas na gênese da deficiência de ferro. Portanto, anemia por falta de ferro não constitui um diagnóstico por si só, mas sim uma manifestação do desequilíbrio entre ingestão & absorção contra perdas & demandas.
Veja, nas imagens do post, alguns cuidados que devem ser tomados ao se realizar a suplementação de ferro, lembrando que esta somente deve ser indicada por um profissional habilitado, após investigação adequada.

Autora: Daniele C. Tokars Zaninelli, endocrinologista em Curitiba.