Você sabia? Características físicas podem dar dicas sobre o estado de saúde de uma pessoa. A combinação de altura e peso, bem como a observação do padrão típico de distribuição de gordura corporal, somados a outros fatores, podem indicar a predisposição a determinadas doenças.
Conhecer o próprio corpo é fundamental. Veja algumas dicas que podem te ajudar a identificar sinais de risco.
Além disso, algumas técnicas utilizadas no consultório, como o exame de bioimpedância, por exemplo, podem tornar essa avaliação ainda mais completa. Mas lembre-se também de consultar o seu endocrinologista, que poderá solicitar exames específicos para um diagnóstico preciso.
Formatos de corpo: pera e maçã
01 | Pera
Pessoas com esse formato têm gordura extra na região do quadril e coxas. É um formato mais comum em mulheres e menos prejudicial à saúde quando comparado ao formato maçã (gordura na região da barriga).
02 | Maçã
Conhecido como “barriga de cerveja”, o formato maçã é mais comum entre os homens, e é caracterizado pelo acúmulo de gordura na região do abdômen (visceral). É especialmente danoso, pois costuma indicar a existência de gordura dentro e ao redor dos órgãos. Pode estar associado a problemas no coração ou fígado, diabetes, colesterol alto e câncer, por exemplo.
01 | Índice de Massa Corporal (IMC)
O Índice de Massa Corporal (IMC), por exemplo, é usado para estimar a quantidade de gordura corporal a partir da altura e peso do indivíduo. O cálculo é simples: peso ÷ altura x altura.
Uma pontuação superior a 25 sugere que o paciente está com sobrepeso, e acima de 30 indica obesidade. Porém, o importante nessa avaliação é a combinação com outros dados que podem evitar erros de classificação, como o ilustrado na imagem abaixo:
Como você pode ver, cada estrutura física possui características específicas, e por isso o ideal é sempre consultar um médico especialista.
02 | Tamanho da cintura
Ainda mais fácil que o IMC, a fita métrica é utilizada para medir a quantidade de gordura em torno da barriga. Estudos demonstram que quanto menor a cintura, menor a probabilidade de problemas cardiovasculares. Para essa verificação, deve-se alinhar a fita na altura do umbigo e envolve-la ao redor do corpo.
A metragem ideal da cintura para mulheres é de até 80 cm e para homens de até 94 cm. Cada centímetro a mais na cintura aumenta até 2% os riscos de problemas no coração. Isso significa que um homem com 104 cm tem 20% mais probabilidade de desenvolver um problema no coração.
03 | Relação cintura-quadril (RCQ)
A relação cintura-quadril é outra maneira de avaliar a gordura corporal. Para o cálculo, divide-se a medida da cintura (na altura do umbigo) pela do quadril (parte mais larga das nádegas). O resultado adequado para mulheres é de até 0,8 cm e para homens de 0,9 cm. Valores iguais ou superiores indicam maior risco de doenças cardiovasculares.
04 | Bioimpedância
O exame de bioimpedância permite uma avaliação mais precisa da composição corporal. Na clínica o exame é realizado durante a consulta médica, após preparo adequado, sem custo adicional para o paciente. O aparelho utilizado (InBody270) permite uma avaliação segmentar (resultados de cada membro e troco separadamente), conforme demonstrado na imagem abaixo.
E o mais importante: Este exercício de autoconhecimento deve gerar ações que tragam benefícios ao seu estado de saúde, auxiliando na prevenção e/ou na melhora de condições clínicas diversas.
Dra. Daniele Zaninelli é especialista em endocrinologia e metabologia e possui consultório em Curitiba. É membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, da ABESO – Sociedade Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Endocine Society. Entre em contato e agenda a sua consulta!