A relação do selênio com o sistema endócrino tem sido muito estudada. Doenças autoimunes da tireoide, diabetes e obesidade, fertilidade masculina, bem como osteoporose, são exemplos para os quais estudos observacionais ou intervencionistas indicaram efeitos do nutriente. Níveis adequados são importantes para manter uma boa saúde hormonal…nem pouco, nem muito!!

A deficiência de selênio por si só raramente causa doenças evidentes, mas você sabia que tanto o uso de suplementos contendo selênio como o consumo alimentar excessivo podem trazer sérias consequências à saúde? Queda de cabelos, unhas fracas e cansaço são alguns dos sintomas.  

Veja mais informações a seguir, e lembre-se: antes de fazer qualquer suplementação, converse com sua endocrinologista.

Ingesta diária recomendada de selênio:

55mcg para homens e mulheres saudáveis.

60mcg ao dia na gravidez

70mcg ao dia durante a lactação

Fontes alimentares de selênio:

Como o selênio nos alimentos está ligado às proteínas, os alimentos ricos em proteínas tendem a ser as melhores fontes.

Castanha do Pará: 70 a 90mcg por unidade

Frutos do mar: 45 a 90mcg por 100g do alimento

Carnes, aves e vísceras: 20 a 40mcg por 100g do alimento

Outras fontes incluem cereais e outros grãos e produtos lácteos

 Suplementos apenas de selênio normalmente contêm 100 a 400 mcg 

Sinais e sintomas de excesso de selênio:

Odor de alho no hálito e gosto metálico na boca

Queda de cabelo e fragilidade ou perda de unhas

Erupção cutânea

Náusea, diarréia

Fadiga

Irritabilidade

Anormalidades do sistema nervoso, como formigamentos

Atenção:

A castanha-do-pará contém quantidades muito elevadas de selênio e pode causar toxicidade se consumida regularmente. Não exagere!

Os Níveis máximos toleráveis para ingestão de selênio ao dia são de 400mcg.

 

Fonte:

Selenium in Endocrinology, 2021

NIH Office of Dietary Supplements – Selenium

 

Autora: Daniele C. Tokars Zaninelli, endocrinologista em Curitiba.