Em rodas de conversa, além de ser um assunto popular na certa, hipotireoidismo é praticamente sinônimo de tireoide, dada a grande incidência da doença na população, em especial nas mulheres.

Em rodas de conversa, além de ser um assunto popular na certa, hipotireoidismo é praticamente sinônimo de tireoide, dada a grande incidência da doença na população, em especial nas mulheres. Na verdade, como explica a médica endocrinologista do Hospital VITA Curitiba, Daniele Zaninelli, o mau funcionamento da glândula tireoide pode acarretar o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo. Ou seja, quando a tireoide trabalha em um ritmo mais lento ou mais rápido do que deveria, respectivamente. Os sintomas de ambas as disfunções afetam todo o organismo e podem ser confundidos com outras doenças, atrasando o tratamento e prejudicando a qualidade de vida dos pacientes.

Localizada na região anterior do pescoço, logo abaixo do “pomo de Adão”, a tireoide é a glândula responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, e está sob o comando do TSH (hormônio estimulante da tireoide). Segundo Daniele, os hormônios tireoidianos atuam em todo o organismo, controlando o seu ritmo de funcionamento. A principal causa do hipo e do hipertiroidismo é autoimune. “O sistema imunológico passa a tratar a tireoide como se fosse um invasor, produzindo anticorpos contra estruturas da glândula, o que leva à redução ou estímulo da produção hormonal”, explica a médica.

No caso do hipotireoidismo, mais comum nas mulheres, os principais sintomas são: cansaço, queda de cabelos, pele seca, obstipação intestinal, alterações do humor e do sono, dificuldade de emagrecer, e redução da capacidade de concentração e memória. Também pode interferir no ciclo menstrual e na fertilidade. Essas mudanças costumam ser lentas e podem passar despercebidas. Para Daniele, datas como o dia 25 de maio são importantes para alertar e informar a população sobre os sintomas de doenças comuns e reforçar que o acompanhamento médico é o melhor caminho para prevenir e tratar esses males.

Já o hipertireoidismo pode levar o paciente inadvertidamente para o cardiologista, pois a palpitação é um dos principais sintomas. O organismo fica acelerado, dando sensação de energia de sobra, porém com cansaço excessivo. Outros sintomas são: tremores, pele quente, sudorese, queda de cabelos, insônia, alterações menstruais, agitação e irritabilidade.

Então, fica a mensagem: procure entender os sinais que seu organismo pode dar quando a tireoide não está funcionando de forma equilibrada. “Com isso é possível buscar um diagnóstico preciso, possibilitando um tratamento capaz de devolver o ritmo normal à sua vida”, conclui a especialista.

 

*Dra. Daniele Zaninelli, endocrinologista do Hospital VITA – Curitiba

Fonte: Portal Paranaense de Notícias