Os esteroides anabolizantes são drogas derivadas da testosterona. A testosterona é o hormônio responsável pelas características sexuais masculinas (efeitos androgênicos), atuando ainda na recuperação de tecidos e na manutenção da massa muscular (efeitos anabólicos).

Os derivados da testosterona podem apresentar graus variáveis de atividade anabólica e androgênica.

Desde os anos 1950 centenas de compostos têm sido sintetizados e estudados na busca de substâncias que consigam exercer os efeitos anabólicos da testosterona, tentando minimizar os efeitos virilizantes. No entanto, nos produtos disponíveis atualmente, essas ações não podem ser dissociadas.

É importante lembrar que existem indicações clínicas precisas para o uso dos esteroides anabolizantes. O principal uso da testosterona é no tratamento da deficiência androgênica, cujo diagnóstico deve obedecer a critérios clínicos e laboratoriais específicos, sendo indicada a prescrição apenas em casos de deficiência hormonal comprovada.

O que traz preocupação é que essas substâncias têm sido utilizados de forma abusiva por pessoas que buscam melhorar a aparência e o desempenho físico, ignorando os riscos envolvidos.

Homens jovens são os principais usuários, porém observa-se um aumento crescente do uso por adolescentes e até por mulheres. As consequências a longo-prazo podem ser catastróficas.

Até mesmo nos casos em que existe indicação clínica específica, como no hipogonadismo, onde as doses de anabolizantes são muito mais baixas que as usadas por atletas ou nas academias, o controle de possíveis complicações deve ser rígido.

Ao contrário do que muita gente pensa, o acompanhamento “profissional” do uso abusivo de anabolizantes não é capaz de prevenir complicações.

 

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