Nesta data, atenção especial é dada à obesidade, que atualmente é considerada um dos principais problemas de saúde pública. Cerca de metade da população do Brasil apresenta excesso de peso, enquanto 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres são considerados obesos.

No Brasil o índice de obesidade infanto-juvenil subiu 240% nas últimas duas décadas. O maior ganho de peso na infância costuma ocorrer durante o primeiro ano de vida, e entre os 5 e 7 anos de idade. O que mais preocupa nisso, é que quanto mais precoce e mais intenso o ganho de gordura corporal, maior é o risco de que essas crianças se tornem adultos obesos.

A obesidade está associada a um aumento no risco de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, colesterol elevado, problemas de sono, diabetes, acúmulo de gordura no fígado, entre outras. 

Qual a causa desse aumento no peso de nossas crianças?

Em geral a obesidade na infância está associada ao sedentarismo, sendo mais importante nas crianças com maior acesso à tecnologia, ou seja, aos computadores e aos jogos eletrônicos que os mantém sentados por longos períodos
durante o dia. Além disso, existe uma preferência por alimentos pouco saudáveis e que são oferecidos em quantidades excessivas. Outros fatores são os problemas psicológicos como a ansiendade, e problemas sociais. Em alguns casos pode haver tendência genética para o desenvolvimento da obesidade.

E qual a lição que devemos tirar disso? Os cuidados com a alimentação associados à prática de atividades físicas regulares são essenciais para a manutenção da saúde desde o início da vida. A prevenção dos distúrbios associados á obesidade está nas mãos das famílias, que devem estar sempre atentas às consequências que os hábitos adquiridos na infância podem ter no futuro de suas crianças.

Fontes:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009; despesas, rendimentos e condições de vida. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.
Excesso de peso e obesidade em escolares. Arquivos Bras. de Endocrinologia e Metabologia. 2012; 56/2.